Já é sabido no meio científico ligado ao EMDR e percebido diariamente nos consultórios dos psicoterapeutas que utilizam essa técnica inovadora que a terapia por EMDR tem um alcance muitas vezes maior do que o inicialmente planejado. A presente apresentação objetiva relatar um desses casos: o caminho da psicoterapia de Ana (nome fictício), de trinta e seis anos de idade, desde seu pedido inicial de amenizar sua autocobrança excessiva, passando pelo momento em que percebeu que sua crença negativa mais atuante poderia ser um dos fatores que impediam sua fertilidade, até sua gravidez, antes imaginada como impossível. Após quase três anos de tentativas frustradas de engravidar naturalmente, Ana procurou uma clínica de reprodução humana. Nos sete anos seguintes Ana passou por vários tratamentos, entre eles duas inseminações com resultado positivo que resultaram em abortos retidos algumas semanas depois, e uma fertilização com sucesso até o final, a gestação da qual nasceu seu filho, hoje com cinco anos de idade. Embora sem um diagnóstico preciso, os médicos que a acompanharam durante todos esses anos, levando em conta seu histórico, relatavam que Ana apresentava uma esterilidade sem causa aparente, com somente 1% de chance de engravidar naturalmente. Este trabalho sistematiza e compartilha a fase do tratamento por EMDR desta paciente que resultou na gravidez tão celebrada.
Palavras-chave: EMDR; esterilidade; infertilidade; gestação.
Trabalho apresentado no II Congresso Brasileiro de EMDR
Brasília, 15 à 18 de novembro de 2012
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